Hoje e por hoje fiz o que mais gosto de fazer quando eu vivo… Fui pensar.
Não sei para quem estou escrevendo isso e muito menos se alguém irá ler. O que mais me importa não é como temos que fazer as coisas na vida, mas como nos sentimos por não deixar de fazê-las.
Há momentos na vida em que é inevitável afastar pessoas. Há outros momentos na vida (que podem ser os mesmos) em que a maldade se apresenta de forma clara, límpida, invisível, mas não transparente.
Há quem deboche de cada palavra que saí até do nosso pensamento mudo. Há quem critique nossa conquista. Há ainda aqueles que por serem opressivos tentam nos oprimir. Há também os que são velados e perigosos e acabam com toda nossa força pelo simples fatos de saber mais de nós do que nós mesmos.
Refletir os momentos da vida, as cenas que marcam, as cenas que transbordam essência, as cenas vividas, as cenas não vividas, mas apenas imaginadas. Os contos, os mitos as lendas.
Os heróis que são na verdade, na nossa, os vilões.
Os sonhos que não se realizam, as promessas que não são compridas, a lágrima que não cai. O momento que não chega… O tempo que corre, o vento que para. O outro que é o mesmo, o mesmo que se esquece de ser e permanecer.
O ontem que tenta ser o hoje, o amanhã que nunca chega e o presente que é sempre o mesmo.
O relógio que insiste em não parar e tudo acaba e começa igual.
O agradecimento que está acabando, a valorização que está sendo esquecida, o muito que é pouco demais para o hoje.
O SER que só quer TER. O você que só quer prevalecer. O dia que quer ser tarde, a tarde que quer ser noite a noite que não quer existir.
O frio que chega sem avisar, o sol que entra de greve e de novo, o relógio que quer ser mais do que marcador do tempo, agora marca também o grau. E tudo começa a ficar cinza.
É o outono, avisam os otimistas.
É nada, retrucam os pessimistas.
E eu vendo o tempo passar. Não o tempo do relógio. O tempo do tempo.
A figura daquilo que retrata já não é mais a mesmo de alguns anos atrás. Mas a essência, a vontade e a luz de sempre estão aqui, vão ali e para todos os lugares.
Quem tenta me prender na vastidão da maldade, já se cansou de lutar. Percebeu que é uma luta mais interna do que nossa. Já entendeu que nem sempre ganhar significa vencer.
E voltar é sempre a melhor opção. Fingi-se que não houve um momento se quer de pura audácia maldosa e finge que o ontem não é nada, nem marcas e cicatrizes.
E não é mesmo, para eles.
Ai fazemos a conta do tempo e ela fica incalculável. Melhor não.
O Príncipe vira sapo, coitado do sapo.
O Castelo desaba e mostra que de seguro ele não teve nem o amparo do tempo.
E todo mundo corre, da gente.
Quando as verdades voltam ao picadeiro, pensa-se: Ninguém percebeu. E a gentileza tenta gerar gentileza. Para não ficar ruim para o lado de lá, o lado de cá finge que nada aconteceu? Ignora quem são: o ontem, o hoje e o amanhã? Acredita que velhos fantasmas assombram mesmo?
Coisas da vida!
Amanhã é dia! Para uns comemorar, para outros recordar e para outros apenas mais um dia.
Que o dia de daqui a pouco seja não só apenas feliz, mas merecido por ser o dia escolhido para ser de alguém, alguém que ajudou a fazer a melhor história que eu posso um dia contar. A minha!
Então amanhã é o dia da minha mãe. Uma mulher que acima de tudo soube escolher e fazer das suas escolhas, as certas.
E o seu dia de amanhã, como será?
Muitos merecimentos para você que em essência mereceu ter o direito de ler. Isso, aquilo ou qualquer coisa.
Beijos inéditos para uma sobrevivente da feliz vida…
De: Juliana Galhardi Martins
Para: A melhor mãe do mundo.